O Melhor Álbum de 2025 que Deveria Ganhar o Grammy em 2026

Existe um tipo de álbum que não apenas define um momento para quem o escuta, mas que consegue também redefinir algo para o artista – suas ambições, suas referências, o que ele vê como “fazer música de verdade”. E é exatamente esse tipo de álbum que o debut da banda The Favors entrega.

O Melhor Álbum de 2025 que Deveria Ganhar um Grammy em 2026: The Dream da banda The Favors.

The Dream – o debut da banda The Favors

Com o título The Dream, lançado em 19 de setembro de 2025, ele marca o encontro de talentos já reconhecidos – Ashe e FINNEAS (irmão de Billie Eilish) – junto de outros dois músicos, Ricky Gourmet e David Marinelli, para formar algo que não é apenas “o próximo projeto”, mas sim “o álbum que queríamos fazer”.

E desde o primeiro ouvinte até o fã de longa data, fica claro: The Dream não é só bom – ele merece atenção, reconhecimento, talvez até um Grammy em 2026. Vamos conversar sobre por que isso.


Origem, contexto e quem está por trás

Antes de mergulharmos nas músicas, vale entender o pano de fundo. Ashe e FINNEAS já são figuras com trajetória: Ashe com singles populares como “Moral of the Story” e FINNEAS com seu trabalho solo, além de produção e composição para Billie Eilish.

Mas com The Favors, eles decidiram dar um passo novo: não apenas uma colaboração, mas uma banda. Juntaram-se Ricky Gourmet (guitarra/percussão) e David Marinelli (guitarra/percussão) para, juntos, trabalhar um álbum de corpo inteiro.

O álbum foi anunciado em junho de 2025, com singles divulgados antes – “The Little Mess You Made” em junho, “The Hudson” em julho, “Times Square Jesus” em agosto. A gravação se estendeu por cerca de 18 meses com sessões em Los Angeles e Nashville.

Em resumo: temos artistas experientes que não estavam “experimentando só por fazer”, mas claramente com vontade de criar algo honesto, bem trabalhado, com referências, mas sem soar como “saindo de uma fórmula”.


O som, as referências e o clima

Uma das coisas que mais me impressionou em The Dream é como ele mistura familiaridade e frescor. A vibe remete aos clássicos – pense Fleetwood Mac, pense Laurel Canyon nos anos 70 – mas com uma estética moderna, pop-indie, cheia de refinamento.

Por exemplo: o álbum deliberadamente limita instrumentos (guitarra, piano elétrico, bateria, baixo) e privilegia momentos de vocal gravados juntos, ao vivo, para capturar uma sensação de banda ao vivo no estúdio. Essa abordagem transmite “temos algo de verdade pra mostrar” – não apenas vocais soltos sobre backing tracks.

Também há charme na produção: pequenas imperfeições – risadinhas deixadas, trocas de olhares no estúdio captadas – que fazem o álbum respirar. Esses momentos foram mantidos de propósito para dar “cara de banda” ao registro.

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Toda essa textura dá ao álbum uma qualidade atemporal. Você poderia imaginar ouvindo isso em 1977 ou em 2025, e ainda assim soaria autêntico. E isso, para mim, é uma marca de qualidade.


Destaques de cada música (que realmente chamam a atenção)

Vou destacar algumas coisas que saltam ao ouvido – para dar uma amostra do porquê esse álbum merece tanto crédito.

“Restless Little Heart”

A abertura, embora curta (menos de 1 minuto) – funciona como uma porta de entrada para o universo do álbum. É quase um prelúdio, uma promessa de que “vamos entrar nessa jornada juntos”.

“The Dream”

Faixa-título que carrega a ambição do álbum. Tem melodia cativante, harmonias envolventes, letra que soa como declaração de intencionalidade (“o sonho” de fazer música, de estar vivo, de se conectar). A produção tem elegância, mas não sobra brilho excessivo – mantém a alma.

“Moonshine”

Remete a aquele sentimento de liberdade, talvez um pouco selvagem, mas contido pelo refinamento dos músicos. É um bom exemplo de como o álbum transita entre introspecção e leveza.

“The Little Mess You Made”

Um dos singles que antecederam o álbum, com forte apelo emocional. Ouvir essa faixa já prepara para o que vem: vulnerabilidade, voz compartilhada, e aquela sensação de “isto foi vivido”.

“The Hudson”

Uma das grandes joias. Lançada como segundo single, “The Hudson” fala de amor, perda, de lugares e de ausência – e consegue transmitir isso não só pela letra, mas pela sonoridade. As harmonias, a textura sonora, a melancolia contida: tudo junto funciona.

“Ordinary People”

Breve (apenas 1:29), mas impactante. Às vezes, uma música curta faz mais efeito que uma longa porque concentra. E é o que essa faixa faz: deixa marca, quase como um interlúdio emocional no álbum.

“Necessary Evils”

Aqui vemos a profundidade da escrita: “evils” que precisamos encarar, “necessários”. A letra admite imperfeição, os arranjos apoiam essa honestidade. É uma faixa que cresce à medida que você a escuta.

“Times Square Jesus”

Título provocativo que mistura localidade (Times Square) com figura messiânica (Jesus) – talvez uma metáfora para busca, salvamento ou presença em meio ao caos urbano. Musicalmente, é sofisticada, e representa bem a estética de “velha-escola + contemporânea”.

“David’s Brother”

Essa música se destaca pela combinação entre melancolia e energia – um contraste que traduz o coração partido com ritmo e leveza. É uma faixa de camadas emocionais e estruturais, mostrando a habilidade da banda em equilibrar vulnerabilidade e precisão.

“Lake George”

Um pouco mais expansiva, quase contemplativa. É o fechamento de uma parte da viagem, ou melhor: abertura para o final.

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“Someday I’ll Be Back in Hollywood”

O toque de ambição, a “volta a Hollywood” – talvez uma metáfora para sucesso, para reencontro, para transformar sonho em realidade. É também um momento de nostalgia ou de olhar para frente.

O vocal de David Marinelli (baterista da banda) – a mudança de tempo, de voz, de perspectiva – adiciona diversidade ao álbum. Dá estrutura e dinâmica.

“Home Sweet Home”

Encerramento. E que encerramento: combina aconchego, saudade, identidade. Depois de passarmos por tantas paisagens (emocionais e sonoras), voltar para o “lar” é simbólico. O álbum fecha com sensação de missão cumprida – e de que você quer dar “play” de novo.


Por que ele “merece” um Grammy em 2026

Vou listar alguns motivos, e você vai ver que não é só hype – há fundamento.

  • Qualidade da composição: As letras não são superficiais. Elas exploram amor, dor, arrependimento, sonhos, memórias de lugares. Há autenticidade e simplicidade simultâneas.
  • Produção / sonoridade: Em um tempo de pop maximalista, o álbum opta por elegância, clareza, grooves sutis, vocais bem colocados. Isso o distingue.
  • Referências culturais + originalidade: Ele homenageia as eras passadas, mas não repete. Ele usa a tradição para construir algo próprio. Isso mostra maturidade artística.
  • Química entre os membros: A interação entre Ashe, FINNEAS, Ricky Gourmet e David Marinelli resulta em algo coeso – não é apenas “talentos reunidos”, é “uma banda funcionando”.
  • Impacto imediato + potencial de longevidade: O álbum entrou nas paradas musicais, gerou buzz, e ao mesmo tempo deixa espaço para ser revisitável. Obras que “duram” são as que tendem a ser lembradas quando se fala em prêmios.
  • Momento artístico: Considerando que 2025 já está bem preenchido de lançamentos, ter algo que “se sobressai” por autenticidade e ambição ajuda – e The Dream entrega isso.

No entanto, “merecer” não significa “ter garantido”. O Grammy tem suas idiossincrasias e contexto de indústria. Mas se houvesse justiça artística plena, esse álbum entraria no radar forte.


Qual é a “mensagem” ou o “tema” do álbum?

Se precisarmos resumir em uma frase: trata-se de sonhos, encontros e desencontros, lugares – tanto físicos (Times Square, Hudson, Hollywood) quanto emocionais (saudade, lar, recomeço). E também trata de “voltar”, de reconhecer que fizemos caminhos, que somos pessoas “com bagagem”, e que ainda assim podemos sonhar.

Alguns trechos da história de bastidores reforçam isso: por exemplo, Ashe comentou que o processo foi “romântico e divertido” porque eles gravaram vocais juntos, o que não se faz tanto hoje em dia. E FINNEAS falou: “Espero que as pessoas possam fazer um jantar, colocar o vinil, ouvir de início ao fim”.

Então o álbum convoca ao ritual de audição – não apenas “ouvir uma playlist”, mas sentar, prestar atenção, deixar o som entrar. É um convite, de certo modo, ao redescobrimento da música como experiência.

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Por que nós, no Brasil (ou em qualquer lugar fora dos EUA), deveríamos prestar atenção nisso?

Boa pergunta. Talvez por dois motivos principais:

  1. Globalização da música: Hoje, um álbum lançado nos EUA, com artistas que têm reputação internacional, tem impacto imediato no mundo todo via streaming. Então entrar na conversa internacional é mais fácil – e “The Dream” está nessa onda.
  2. Frescura de som em meio ao saturado: Quando você ouve muita música que soa “igual”, encontrar algo que mistura old-school + contemporâneo + sinceridade se destaca. Para fãs de música que buscam mais do que “outro hit”, esse álbum é um prato cheio.

E para o Brasil, onde o mercado valoriza diversidade, onde vemos misturas de estilos, esse álbum pode servir de inspiração – seja para quem faz música, seja para quem simplesmente aprecia.


Veredito

Se você me pedir para dizer uma razão para ouvir The Dream, eu diria: porque ele te faz lembrar por que você escuta música – não apenas para dançar ou para passar o tempo, mas para sentir, para se conectar, para viajar (mesmo que sentado), para revisitar partes de você mesmo.

E se você me pedir para dizer por que ele merece um Grammy em 2026: porque encaixa qualidade artística, relevância emocional, precisão de produção e alma ao mesmo tempo.

Claro, o “melhor álbum de 2025” é uma afirmação ousada (e subjetiva). Mas na minha opinião, The Dream está entre os candidatos para esse título – e talvez seja o que mais se aproxima.

Se você já escutou, provavelmente vai concordar comigo que algumas faixas entram no subconsciente e não saem. Se ainda não, vale reservar um momento, colocar o álbum inteiro (idealmente com fones de ouvido ou bom sistema de som), e ouvir do início ao fim.


Fontes:

Wikipedia

Entrevistas & Notícias

Fontes de fãs e bastidores

YouTube – Conteúdo Oficial e Reações

Plataformas de Streaming

Imagem: Divulgação/Instagram

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