Comunidade Terapêutica: O que é? Como Funciona?

Veja o que é uma comunidade terapêutica e como ela funciona… Conheça a Comunidade Maria Letícia

É bem provável que o leitor já tenha ouvido falar de alguma “CT”, ou melhor, comunidade terapêutica, sem necessariamente conhecer a definição que abrange todas essas, nas suas mais diversas possibilidades.

Assim sendo, a leitura deste texto, além de já mostrar-se bastante útil nos casos cujo o único fim for o da informação, por envolverem essas comunidades certos casos de preocupação geral da população, temos a possibilidade de um fim ainda maior, pois fato é que essas comunidades vêm transformando muitas vidas para melhor, podendo até servirem para você ou algum amigo ou parente.

Comunidade Terapêutica: O que é? Como Funciona?

Comunidade terapêutica: O que é? Como funciona?

Antes de tudo, é essa a definição primordial de uma CT: trata-se de uma comunidade de fato, no sentido mesmo de uma micro-sociedade, com espaço físico apropriado, além dos seus equivalentes locais à sociedade em que nós, aqui fora, vivemos.

Um exemplo disso é que, assim como temos os nossos governantes, que lideram o Estado, por assim dizer, eles têm na CT, por sua vez, um representante do grupo que detém a especial função de liderá-la. Outra equivalência bastante importante de se destacar é a questão das leis, pois assim como as temos aos montes, aqueles que lá estão também possuem diversas normas internas.

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Tudo isso sem contar, é claro, a também presença de trabalho dentro dessas comunidades, o que, é claro, favorece para que se tenha, dentro delas, uma vida saudável, longe do álcool e outras drogas, coisas que lá dentro inexistem por princípio.

Origem das comunidades terapêuticas

Apesar de, quase sempre, estar a comunidade terapêutica associada a algum credo religioso, essa modalidade de tratamento em comunidade terapêutica tem uma origem em experiências fora desse âmbito. A coisa toda teve início no continente europeu, mais precisamente na Grã-Bretanha, durante a década de 1940.

Nessa época, em alas especiais dentro de determinados hospitais, cuidava-se de indivíduos com problemas psiquiátricos crônicos, tomando-se já, como base, prévias experiências de mesmo tipo, só que realizadas especificamente com alguns militares que, no retorno para casa após a Segunda Guerra Mundial, apresentaram problemas, na maior parte, de caráter psicológico.

Com esse sistema inovador, tinha-se como ideal um melhor autoconhecimento desses doentes quanto aos seus respectivos diagnósticos, por meio de uma aprendizagem social obtida nesse processo de interação entre médicos e pacientes, com direito, inclusive, a reunião diárias entre ambas as partes.

 

Modelo de tratamento

Fora essa origem, hoje já se sabe, até mesmo por meio de trabalhos acadêmicos, que uma boa parte dessas comunidades terapêuticas com seu foco ao tratamento de usuários de substâncias psicoativas, vêm seguindo, em verdade, um modelo de tratamento assim não tão inovador.

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Isso porque, ele já era usado pelo Alcoólicos Anônimos (AA), que teve sua origem nos Estados Unidos, em 1935, seguindo deles lá um certo método fundamentado em Doze Passos e Doze Tradições, sendo essas, de tempos em tempos, passíveis não de alteração drástica, mas de reinterpretações.

Podemos dizer que sua rigidez atemporal é justamente o fato desse programa basear-se sempre na total abstinência, com ainda um tratamento centrado no intercâmbio da “experiência etílica dos alcoolistas”.

Comunidade Terapêutica: O que é? Como Funciona?

Como funciona a comunidade terapêutica?

No caso das comunidades de que tratamos, podemos resumir o seu funcionamento baseando-nos naqueles que são os três indispensáveis e também principais elementos terapêuticos: a disciplina, o trabalho e a oração.

A disciplina, nesse caso, é algo até bem óbvio, porque se há algo que falta aos internos é justamente isso, caso contrário, poderiam muitos vencerem a luta por si mesmos, sem esse tipo de terapia em comunidade. Mas é remontando suas respectivas vidas que os internos conseguem de fato a cura dos seus vícios tão nocivos.

A questão aqui é, basicamente, recomeçar a vida quase do zero, pois carecem eles de reformar todos os aspectos de suas vidas, desde a família e o lado sentimental até os pequenos hábitos, passando também pelo emprego, é claro. Todos esses aspectos clamam por uma mudança, para que a vida de Dependência passe, com o tempo, a tornar-se de Independência, seja de qual droga for.

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Auto-disciplina

Assim sendo, “auto-disciplina” é provavelmente a melhor palavra para designar esse processo gradual, até porque perde-se muito dela com a dependência, além da obediência às regras, quase nula entre esses.

Numa CT, o desejo individual não mais se sobrepõe às necessidades de toda a comunidade e suas regras, então eis aí o segundo elemento do trabalho, posto que, lá dentro, cada um terá de contribuir com sua parte, exercendo algum trabalho útil ao bem comum.

No mais, falta ainda a esse dependente uma religiosidade mais bem desenvolvida, e por isso mesmo, numa CT, busca-se sempre que o interno vivencie uma relação mais íntima com Deus, através de diversos tipos de atividades, tidas até mesmo como essenciais nesse processo de recuperação, conciliando-se com as outras questões já citadas.

 
Raíssa
Raíssa

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